Planeja fazer um intercâmbio em 2020? Veja por onde começar.
Para começar a planejar o seu intercâmbio e fazer uma escolha acertada é importante refletir sobre algumas questões:
· O que eu espero de uma experiência no exterior? Quero desbravar o mundo, quero conhecer pessoas diferentes, quero absorver culturas que vão agregar valor à minha carreira e ao meu desenvolvimento pessoal? As razões são inúmeras. Analise com tranquilidade, sem pressa. Avalie de acordo com seus princípios e não com a cabeça de outra pessoa. O que é bom para uns pode não ser o melhor para você.
· Onde vou estudar? Qual o país que mais me atrai, independente de custos? Será que o país dos seus sonhos é o ideal para você? Analisou o modo de vida, as condições climáticas, a legislação do país? Você concorda com tudo?
· O que eu quero estudar? Dependendo da sua idade os programas são diferentes. Se você é menor de 18 anos pode optar por high school (1 semestre ou 1 ano), por um programa de férias de curta duração especialmente organizado para sua idade. Ou adultos, o que pretendem: Aprimorar o idioma? Aproveitar as férias para dar uma reciclada? Preparar-se para os exames oficiais exigidos para entrada em uma universidade? Programa de estudo e trabalho? Voluntariado? E aqueles que já estão com a vida mais leve mas ainda com muito espírito de aventura – que tal o programa sempre jovens? Viu só, as possibilidades são infinitas!
· Por quanto tempo me proponho a deixar a comodidade e as mordomias da minha casa para viver essa experiência? Acredite, não é fácil, principalmente no início. A saudade aperta, a solidão dói, se você não tem equilíbrio emocional para enfrentar esse desafio, não vá.
· Conseguirei viver longe da minha família e amigos? Tenha certeza que por estar longe você não será esquecido mas é preciso “desligar” da sua família e dos amigos para realmente viver a experiência em toda a sua plenitude. Ligar para casa e para os amigos todos os dias é improdutivo. Você passa a viver uma vida dupla e confusa, sem saber se o melhor seria estar aqui com eles ou lá longe. Choramingos de “está difícil”, “não sei se vou aguentar”, “vou voltar antes” não acrescentam nada.
· Estou disposto a obedecer e aceitar regras que me parecem desnecessárias, estranhas ou contraditórias no meu país? Não importam as normas, as regras e as leis do seu país. Você tem que seguir as leis do país que o está hospedando. Se são contrárias aos seus princípios, irracionais, ilógicas, sem sentido, não interessa. Você tem que obedecer, aprender a dominar as frustrações e os desafios do dia a dia, tolerar atitudes, idéias e valores diferentes dos seus. Por isso é melhor analisar esses aspectos antes de optar por aquele país.
· Estou disposto a experimentar novos hábitos alimentares, adaptar-me a um outro clima e a participar de atividades novas e diferentes? Esqueça as picanhas suculentas, a praia de todos os dias, os happy hour, as facilidades que você tinha até agora. Você terá que aprender a andar de ônibus, de metrô, de bicicleta. A comida é controlada, não se desperdiça nada, as estações climáticas são bem definidas então acontecerão dias de muito calor e dias de muita neve. Sua saúde pode ficar abalada, seu humor vai variar, você terá que se esforçar para não afastar as pessoas. Você precisará aprender a ser parte integrante desse novo sistema e não apenas um hóspede.
· Orçamento. Minhas condições financeiras suportam o investimento que preciso fazer? Desconfie de programas muito baratos, deve haver uma razão para uma escola custar 10 e outra custar 100. A formação dos professores, a qualidade das instalações, o material didático, a carga horária, as exigências dos professores pelos trabalhos após a aula, as avaliações semanais, a preparação antes da viagem, o acompanhamento pós curso, as atividades extra classe, tem custo e você não pode achar que esses fatores não são importantes. São sim! São o complemento da sua formação. Não barganhe o seu futuro. Às vezes é melhor adiar os planos a embarcar numa furada.
Certamente você já pesquisou e se perdeu. Visitou inúmeros sites mas até que ponto as informações são confiáveis? Você conversou com amigos que disseram que “o melhor lugar para fazer intercâmbio é Gold Coast” ou “a minha família canadense não tem igual, você tem que ir para lá também”.
A sua experiência será diferente ainda que você tenha os mesmos gostos do seu amigo. Valorize as suas convicções. Busque o que você entende que seja o melhor para você. Não faça nada com pressa, e nunca desista !!!
Infelizmente, ninguém conseguirá fornecer informações completas, prevendo tudo que poderá acontecer. Aliás, é bom que você tenha algumas surpresas ao chegar. São desafios que fazem parte do intercâmbio. O que vale mesmo é a sua experiência pessoal e a sua capacidade de contornar situações inesperadas. A sua escolha foi acertada, tenha certeza, e só resta perseguir o seu sonho. O sucesso depende, em grande, parte de você mesmo!
E quando estiver pronto, viaje com a mente aberta e o coração pronto para compreender as diferenças. E lembre-se que quando se está visitando um outro país é você quem tem hábitos estranhos. Aonde quer que você vá sempre haverá pessoas boas. Quanto mais tempo você se dedicar a entender os outros, mais compreenderá a si próprio. Navegue para longe do seu porto seguro. Explore. Sonhe. Descubra !